Penso que não
poderia mais viver com essa dor no meu peito. Escrevo para desafogar
as mágoas e para dirimir as amarguras. No mundo de prazeres que
pensei habitar, nem restam sombras ou cinzas. Restou em meu peito
pranto molhado e amargura condensada. As lágrimas caem dos olhos e
molham meu travesseiro, o ranho escorre do nariz, formam poça no
lábio superior, a dor é tamanha que nada poderia fazer para
retirá-la de cima de mim. Mas eu penso me render essa noite às
amarguras. De manhã vou tomar banho, passar a maquiagem e sorrir
para o mundo. Uma noite de solidão e uma vida inteira para matar
esse sentimento maldito que criou raízes no meu coração. Amanhã.
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