No rádio música brega. Na noite uma lâmpada amarela acesa. Na madrugada um vazio no peito. Uma vontade de não sei o que, um desejo reprimido que não passa. Na solidão do quarto os olhos ardem, o buraco no peito aumenta, o desejo de alguém se faz mais forte. Na luz artificial da madrugada os olhos estalados, vermelhos, acompanham a fumaça do cigarro. A alma rodopia com ela, desfazendo-se ante os olhos, e a saudade lá, apertando as bordas do buraco, tudo mais profundo.
A musica brega na verdade, è a que ela gostava de ouvir...e a fumaça do cigarro, uma "materialização" dela fermentada pela saudade...mas que aos pouquinhos vai desvanecendo-se.
ResponderExcluirOtimo domingo, poetisa! Fique bem.
Olha, você veio fazer poesia em seu comentário! Adorei. Abraços.
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